quinta-feira, 30 de julho de 2009

Baixa umidade relativa do ar prejudica exercícios físicos

Baixa umidade relativa do ar prejudica aparelho respiratório.
O mês de setembro foi marcado por baixos índices de Umidade Relativa do Ar (URA) - menos de 30% em algumas regiões do país - o que motivou a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, a alertar órgãos de defesa civil de vários estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte para orientar medidas preventivas para minimizar os efeitos das baixas taxas de URA na população. De acordo com o pneumologista Clóvis Botelho, pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a baixa umidade pode prejudicar as vias respiratórias. O aparelho respiratório trabalha bem, sem maiores gastos de energia, com a URA até 60%. Abaixo disto, exige-se maior trabalho do aparelho respiratório em todos os indivíduos. Os estados do Mato Grosso e Goiás chegaram a apresentar índices de URA iguais a 10%.
A sensibilidade às variações de umidade aumentam em pessoas portadoras de algum tipo de doença brônquica, tais como asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). "Para quem não tem problemas no pulmão, só há motivo para se preocupar quando a URA estiver abaixo de 30%. Porém, para os portadores de quaisquer tipos de doença respiratória, deve-se ficar alerta para valores abaixo de 60%", afirma Botelho. O pesquisador ressalta que a imprensa tem divulgado apenas os limites de atenção entre 20 a 30% da URA, o que, para pessoas que têm problemas no pulmão, não têm nenhuma validade científica. "O doente tem que ser considerado de forma diferenciada. Apenas considerando os asmáticos são cerca de 10% da população", alerta.
O baixo índice de umidade relativa do ar é um fenômeno típico de primavera. Segundo Fábio Gonçalves, pesquisador do Departamento de Ciências Atmosféricas do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade do São Paulo (USP), a ausência de chuvas de verão, que trazem umidade da Amazônia, faz com que as massas de ar seco sejam aquecidas pelo Sol, gerando muito calor e baixa umidade relativa. "A região central do Brasil é sempre a mais afetada, incluindo o interior de São Paulo. O sudeste e o centro-oeste são caracterizados por invernos secos e início de primavera com períodos tipicamente quentes e secos", explica.
Para o diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Antonio Divino Moura, este ano foi muito mais seco que o normal e não pode ser tomado como média para casos futuros. "As baixas umidades ocorrem todos os anos, normalmente de maio a setembro, com a dominância da alta pressão atmosférica sobre toda a região dos cerrados", explica Moura. Neste ano, a ação dessa alta pressão foi mais prolongada, o que tornou mais forte os efeitos da baixa umidade, com impactos na saúde pública e ocorrência de queimadas devido à sequidão das pastagens. "Nas áreas marginais das estradas, os incêndios são muitas vezes provocados por ação do homem ao atirar pontas de cigarros acesos no capim seco", acrescenta.
A baixa URA está associada a outras variáveis climáticas, como o aumento da temperatura e a menor velocidade dos ventos, o que aumenta a concentração dos poluentes primários e secundários no ar inspirado, como gás carbônico, dióxido de enxofre, hidrocarbonetos, entre outros. Por isso, o cuidado com a saúde deve ser aumentado.
Segundo Botelho, o ar alveolar necessita de umidade de 97% e temperatura entre 36,5 e 37º C, para efetuar as trocas gasosas (hematoses), com menor gasto energético possível. "Quando isto não ocorre, como no caso da baixa URA, o aparelho respiratório realiza um esforço maior para que o ar chegue nos alvéolos em condições ideais, gerando maior desgaste", explica.
No caso das doenças específicas do aparelho respiratório, o indivíduo acometido reage anormalmente a uma gama variada de estímulos irritativos e/ou inflamatórios. As mucosas respiratórias ficariam mais sensíveis às agressões sofridas pelo processo respiratório, que agiriam como inúmeros "gatilhos" em toda a via aérea. Este processo acaba facilitando o desencadeamento de crises asmáticas. "Como conseqüência, há uma maior demanda nos serviços de saúde", ressalta Botelho.
O pneumologista lembra que estas alterações são mais comuns nas crianças, pela imaturidade do seu sistema de defesa tanto local (da via aérea) quanto sistêmica, nos idosos e nos adultos fumantes, pela deficiência nas suas defesas naturais.
Em condições com baixa umidade relativa do ar, deve-se evitar a prática de exercícios fora de ambientes climatizados, além de umidificar os ambientes, principalmente aqueles em que se fica a maior parte do tempo, como local de trabalho e dormitório. Para os portadores de asma ou DPOC, devem ser acrescidos os cuidados específicos, como hidratação por meio de instilação direta nas narinas de solução fisiológica e fazer inalação (aerossol) com soro fisiológico. Recomenda-se ainda que se busque orientação médica para possíveis ajustes nas doses dos medicamentos utilizados.
ENTENDENDO MELHOR A UMIDADE RELATIVA DO AR

Significa, em termos simplificados, quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera no momento com relação ao total máximo que poderia existir, na temperatura observada. A umidade do ar é mais baixa principalmente no final do inverno e inicio da Primavera, no período da tarde, entre 12 e 16 horas.
A umidade fica mais alta:
  • Sempre que chove devido à evaporação que ocorre posteriormente,
  • Em áreas florestadas ou próximas aos rios ou represa,
  • Quando a temperatura diminui (orvalho).

PROBLEMAS DECORRENTES DA BAIXA UMIDADE DO AR EM ATIVIDADES FÍSICAS

  • Complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas;
  • Sangramento pelo nariz;
  • Ressecamento da pele;
  • Irritação dos olhos;
  • Eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos;
  • Dor de cabeça;
  • Ardência na garganta;
  • Garganta seca;
  • Mal estar e ansia de vomito;
  • Cansaço excessivo;

CUIDADOS A SEREM TOMADOS


Entre 20 e 30% - Estado de Atenção

  • Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas
  • Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água,
  • molhamento de jardins etc.
  • Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas etc.
  • Consumir água à vontade.


Entre 12 e 20% - Estado de Alerta

  • Observar as recomendações do estado de atenção
  • Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas
  • Evitar aglomerações em ambientes fechados
  • Usar soro fisiológico para olhos e narinas

Abaixo de 12% - Estado de emergência


  • Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta
  • Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência etc.
  • Determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados como aulas, cinemas etc entre 10 e 16 horas
  • Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais etc.
FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL

Teoria dos Gestos Fundamentais

Baseado na análise das situações de jogo, ações individuais, temos a seguinte classificação geral:
1. As Posturas e as Movimentações
2. Os Saques
3. As Recepções
4. Os Levantamentos
5. As Cortadas
6. Os Bloqueios
7. As Defesas

Fundamentos que se caracterizam como PRINCÍPIOS DE ATAQUE, são:
· Os Saques
· Os Levantamentos
· As Cortadas

Fundamentos que se caracterizam como PRINCÍPIOS DE DEFESA, são:
· As Recepções
· Os Bloqueios
· As Defesas

Em cada uma destas ações individuais se faz necessário uma prévia e adequada POSTURA E MOVIMENTAÇÃO.

POSTURAS BÁSICAS
- Também denominadas de POSIÇÕES FUNDAMENTAIS.
- Definem-se de acordo com a posição das pernas e dos braços, em relação direta com a trajetória da bola.

TIPOS:
- ALTA : Prevendo uma possível utilização do bloqueio.
- MÉDIA: Emprega-se antes da recepção do saque.
- BAIXA: Utiliza-se antes das defesas.

AS MOVIMENTAÇÕES
As movimentações no terreno de jogo são classificadas em função do trabalho dos pés. Elas podem ser utilizadas como deslocamentos do jogador, tanto para a bola, como para uma posição da quadra.

TIPOS:
· 1- PASSO SIMPLES é utilizado normalmente no andar. Ele é usado:
- para curtas distâncias;
- em todas as direções (frente, trás e lateral);
- quando a bola não está em jogo.
· 2 – OS DESLOCAMENTOS servem para as trocas de posições na quadra, sem mudar a postura do jogador, alta e média.
· 3- PASSO CRUZADO pode ser executado para percorrer distâncias maiores.
· 4- O SALTO pode ser executado sem um deslocamento prévio, ou com a utilização deste, para alcançar bolas altas ou muito distantes.
· 5- A CORRIDA deve ser usada com passos pequenos e rápidos com a finalidade de cobrir distâncias maiores.

TOQUE DE BOLA POR CIMA:
O toque de bola por cima é o fundamento mais característico do jogo de voleibol e é responsável, na maioria das vezes, pela preparação do ataque, ou seja, pelo levantamento. Hoje muito utilizado também na recepção, principalmente nas categorias inferiores, aonde o saque ainda não apresenta uma potência muito grande e também utilizado pelas categorias adultas em situações de recepção à saques curtos (geralmente nos jogadores de meio) e saques longos com pouca potência.

O toque de bola por cima apresenta 3 etapas distintas:
1 - Entrada sob a bola: nessa fase inicial, as pernas e os braços devem estar semiflexionados, com a bola acima da cabeça. As pernas, além de semiflexionadas, devem estar com um afastamento lateral da largura aproximada dos ombros e um pé ligeiramente à frente do outro. O tronco deve estar levemente inclinado para frente. O cotovelo deve estar um pouco acima da altura dos ombros. As mãos devem estar com os dedos quase que totalmente estendidos, mas de uma forma arredondada para melhor acomodar a curvatura da bola.
2 – Execução: quando for dado o toque na bola, todo o corpo participa. O contato será sutil, com a parte interna dos dedos e uma pequena flexão dos punhos. Braços e pernas deverão se estender, provocando uma transferência do peso do corpo sobre a perna de trás para a frente.
3 – Término do movimento: o corpo terminará todo estendido. O direcionamento e trajetória da bola são resultantes do ângulo final da extensão dos braços.

O toque por cima envolve as seguintes capacidades físicas:

- Agilidade; coordenação dinâmica geral; velocidade de reação; coordenação visomotora; força isométrica de membros inferiores, membros superiores, punhos, dedos e cintura escapular; flexibilidade de punhos e dedos; equilíbrio estático, dinâmico e recuperado; flexibilidade abdominal e força dorsal; e potência de salto.

Erros mais comuns:
- Não se colocar sob a bola;
- Não coordenar o movimento de braços e pernas;
- Posicionamento incorreto das mãos;
- Posicionamento incorreto dos cotovelos;
- Falta de força para enviar a bola.

MANCHETE

A manchete é o fundamento mais utilizado para a recepção de saques e para a defesa de bolas cortadas, pois o contato da bola se faz no antebraço, que é uma região que suporta melhor os fortes impactos.
A manchete foi um dos últimos fundamentos básicos a entrar no voleibol, e isto aconteceu lá por volta de 1962, e após os Jogos Olímpicos de 1964 já era usada por quase todas as equipes.
A recepção do saque é uma das situações que exigem maior precisão hoje em dia, pois é a partir dela que se desenvolve as jogadas ofensivas. Hoje em dia equipes de alto nível apresentam um índice de 90 % de aproveitamento.
A manchete envolve as seguintes capacidades físicas: força isotônica e isométrica de membros inferiores, dorsal e cintura escapular; flexibilidade de punhos; equilíbrio estático, dinâmico e recuperado.

Etapas para realização da manchete:

1) Entrada na bola:
- Antecipação da chegada da bola é importante manter o corpo atrás da mesma;
- As pernas semiflexionadas, afastadas lateralmente e um pé ligeiramente a frente do outro;
- Os braços estarão estendidos e unidos à frente do corpo.
- Os dedos unidos de uma mão devem estar sobrepostos aos da outra, de forma que os polegares estendidos possam se tocar paralelamente.

2) Contato com a bola:
- O impacto da bola se dá no antebraço e isso será facilitado se os punhos estiverem bem estendidos, em direção ao solo;
- Para amortecer a bola, os ombros e os braços devem se projetar mais à frente cedendo a medida que houver necessidade, de acordo com a distância do objetivo de envio da bola e a velocidade que vier a mesma;
- Para conseguir o resultado inverso do anterior, devemos colocar os ombros mais para trás sem desfazer os braços e as mãos e levá-los para encontrar a bola mais à frente;
- As pernas terão uma participação fundamental para o êxito do fundamento, poderão auxiliar tanto no amortecimento como na impulsão à bola, harmonizando o movimento e não deixando que os braços o executem isoladamente.

3) Término do movimento:
- O corpo deve terminar direcionado para onde foi jogada a bola.
- Os braços deverão permanecer estendidos, a extensão ou flexão das pernas, irá depender das características do envio da bola.

Erros mais comuns:

1- Flexionar os braços;
2- Não flexionar as pernas;
3- Tocar as mãos na bola;
4- Flexionar o tronco e não os joelhos;
5- Não coordenar os movimentos de braços com os de pernas.

SAQUE POR BAIXO

jogo de voleibol inicia-se com um saque, efetuado pelo jogador da posição 1, o qual deverá estar atrás da linha de fundo, em qualquer lugar dos 9m de comprimento que ela possui.
É hoje um fundamento utilizados por crianças em idade de aprendizagem, pessoas sem muita habilidade ou praticantes que jogam voleibol por lazer e não têm condições de força ou suporte articular para realizar saques mais potentes.
O saque por baixo deve ser mantido principalmente na fase de iniciação da criança, até que esta desenvolva uma “maturidade articular”.

Etapas de execução:

1) Fase preparatória: em pé, de frente para a quadra adversária, o aluno deverá se posicionar com o corpo levemente inclinado para frente, com as pernas em afastamento antero-posterior, a perna contrária do braço que irá sacar deverá estar à frente, com afastamento lateral igual a largura dos ombros. O peso do corpo deverá estar recaído sobre a perna de trás. A bola deverá ser segura com a mão que não irá sacar, com o braço quase que totalmente estendido. O braço que golpeará a bola deverá estar estendido para trás.

2) Execução: a bola será levemente lançada para cima, o braço de ataque deverá ser trazido estendido em direção da mesma, este deverá golpeá-la com a mão espalmada, dedos unidos e a musculatura contraída, tornando a área de impacto mais sólida, facilitando o envio da bola. A perna que está atrás deverá ser transferida naturalmente para a frente no momento do saque.A técnica da mão ao golpear a bola, poderá ser utilizada de várias formas: Aberta (maior precisão), fechada (mais força).

3) Término do movimento: com o golpe na bola, a transferência da perna de trás para frente, este movimento deverá ser aproveitado para o passo que introduzirá o sacador na quadra de jogo, colocando-o em posição de jogo no tempo adequado.

Capacidades físicas: coordenação dinâmica geral; força isométrica de sustentação de tronco, membros inferiores, cintura escapular e punho; força isotônica de cintura escapular, membros superiores, membros inferiores e tronco; e velocidade de deslocamento (retorno à quadra).

Principais erros:

- Lançar a bola com imprecisão para ser sacada;
- Flexionar o braço;- Não utilizar o trabalho de pernas para sacar (transferência do peso do corpo);
- Não lançar o braço para frente, em direção ao seu objetivo.

SAQUE POR CIMA (TIPO TÊNIS)

Existem duas versões do saque tipo tênis:
- O saque com rotação e o saque flutuante.

SAQUE COM ROTAÇÃO:

Este saque possui tal nome devido rotação dada à bola, pela flexão de punho que é realizada no momento do golpe.

O saque com rotação é forte e procura dar à bola o máximo de giros e potência, aproveitando as correntes de ar para fazê-la cair mais rapidamente. Leva vantagem em relação ao saque flutuante no fator tempo, uma vez que o passador adversário, apesar de poder prever a trajetória da bola, ás vezes não consegue reagir à mesma. Este saque foi se aprimorando e veio à se tornar um dos saques mais utilizados hoje em dia, o saque “viagem ao fundo do mar”, desta maneira batizado pelos brasileiros. Este surgiu no início da década de 80, idealizado pelos atletas Willian e Renan.

Etapas de execução:

a) Fase preparatória: em pé, atrás da linha de fundo, de frente para a região da quadra adversária para a qual o saque será dirigido, segurando a bola com ambas as mãos ou com a mão contrária a que irá bater; as pernas estarão com afastamento antero-posterior, ficando à frente o pé contrário à mão que dará o saque.
b) Execução: o lançamento da bola será acima da cabeça (mais ou menos 1,50m) e um pouco atrás da linha normal do tronco. Com o lançamento da bola para o alto, os braços são movimentados naturalmente para cima. O que vai golpear a bola faz um movimento passando por cima da linha do ombro, posicionando-se semiflexionado, na máxima amplitude escápulo-umeral. Quando a bola descer a uma altura apropriada, ela será golpeada com o braço de ataque bem estendido, ao mesmo tempo em que acontece uma rápida flexão do tronco. O peso do corpo, que estava apoiado na perna de trás, será transferido rapidamente para a perna da frente. A mão que golpeará a bola irá contorná-la , entrando em contato primeiro a parte inferior e depois a posterior, enquanto acontece a flexão do punho.
c) Término do movimento: Após a transferência do peso do corpo da perna de trás para frente, há uma tendência natural da perna de trás ser lançada para frente, que será aproveitada para dar a primeira passada de retorno à quadra. A bola “viajará rodando” sobre o seu próprio eixo, no sentido da flexão do punho.

SAQUE FLUTUANTE:

Se difere do modelo anterior, quanto ao lançamento que será à frente da linha do tronco e mais baixo, o contato da mão na bola ocorre de forma espalmada e firme, não acontecendo a flexão mas sim uma hiperextensão do punho.
Variações quanto a dinâmica do saque:
- Quanto a força a ser imprimida: Longo, médio ou curto;
- Quanto a trajetória da bola: alto ou rasante;
- Em função da distância do sacador em relação a linha de fundo;
- Em função da direção: diagonal ou paralela (corredor).

A CORTADA:

A cortada é o fundamento do voleibol que finaliza a maioria das ações ofensivas e visa enviar, por meio de um forte golpe dado durante um salto, a bola de encontro ao solo da quadra adversária.
A cortada em forma de ataque começou a ser utilizada na Europa na década de 20. Nos anos 40, todo o bloco socialista atacava com a mão aberta os demais ainda o faziam com a mão fechada. Até meados da década de 50 a maioria dos ataques eram efetuados pela posição 3 em bolas altas e meia-bola.
A partir daí as jogadas de ataque tornaram-se mais velozes e variadas, sobretudo nas equipes femininas. Foi a partir de 1972, com os japoneses que atuaram nos Jogos Olímpicos de Munique, que o voleibol assumiu a feição ofensiva atual. A criação do ataque de fundo veio logo em seguida, em 1976 apresentado pela Polônia. Devido a estas variações, que provocaram diferenças biomecânicas, houve a necessidade de se especializar os atacantes.
Nós como professores devemos ter um cuidado especial com este fundamento, pois é o mais atraente aos olhos do praticante e entre todos, é o que mais provoca lesões devido a sobrecarga que é exposto o aluno, também é o fundamento que mais possui distorções à serem corrigidas no processo de aprendizagem, pois é utilizado pelos alunos mesmo antes de passar pelo processo pedagógico, utilizando-o em brincadeiras e jogos recreativos.

Descrição Técnica:

Didaticamente descrevemos o ataque em três fases:

Fase de solo : Utilizaremos 3 passadas para a execução do ataque. Dá-se uma passada na direção da bola (passada de orientação) em seguida, uma segunda (ajuste), finalizando com uma terceira de maior amplitude. Esta última proporciona o apoio inicial dos pés através dos calcanhares, deixando-os paralelos, antepostos e em boa base. Neste momento que antecede o salto, os joelhos encontram-se flexionados, tronco ligeiramente inclinado à frente, e braços estendidos para trás. O pé à frente, no momento do salto, deve ser do lado contrário da mão que golpeará a bola.
Fase aérea: Inicia-se com a transferência do apoio dos calcanhares para a plantar e, em seguida, ponta dos pés; extensão dos joelhos e lançamento dos braços para cima. Quanto mais rápido acontecer maior a resultante vertical (impulsão). Uma vez no ar, o corpo encontra-se com os pés e joelhos estendidos, quadris ligeiramente à frente, tronco ereto e braços estendidos paralelamente acima da cabeça (o corpo fica arqueado), as mãos ficam espalmadas para frente e os dedos bem abertos. Para golpear a bola, lança-se primeiro um dos braços na direção da mesma finalizando próximo ao abdômen; em seguida, o outro, procurando abordar a bola no seu ponto mais alto, estando a mesma à frente do corpo do atacante. Simultaneamente ao movimento dos braços, o tronco movimenta-se para a frente projetando o quadril para trás; o corpo fica carpado. O contato com a bola dar-se-á através da palma e dedos da mão que a golpeia, seguindo a trajetória e direção do braço e pulso.
Fase de apoio: Ocorre quase o inverso do movimento de decolagem, tocando-se o solo com a ponta, plantar e calcanhares, seguido da flexão dos joelhos e ligeira inclinação do tronco à frente.

Erros mais comuns:

1- Não coordenar as passadas, de acordo com o tipo de levantamento, entrando para o efetuar o ataque no tempo incorreto;
2- Fazer a última passada muito próxima da rede;
3- Não flexionar o suficiente as pernas para realizar o salto;
4- Não estender os braços para trás no momento que antecede o salto;
5- Não elevar os braços pela frente do corpo na armada dos braços para cortar;
6- Não aramar o cotovelo do braço de ataque atrás da linha do ombro, utilizando toda a amplitude escápulo-umeral;
7- Atacar com braço flexionado;
8- Não realizar o movimento de flexão e extensão do corpo durante o salto (fase aérea);
9- Apoio direto da ponta dos pés durante o trabalho de salto (não utilizando a entrada com os calcanhares), provocando um desequilíbrio acentuado do corpo para frente.

BLOQUEIO

O bloqueio é um fundamento de caráter defensivo, tendo como principal objetivo interceptar a bola cortada pela equipe adversária, este fundamento passa a ser ofensivo quando consegue enviar a bola contra o solo da equipe oponente.
O bloqueio sofreu várias modificações ao longo da evolução das regras do voleibol, por sempre ser um fundamento que está em desvantagem ao fundamento de ataque. Devido a esta situação a partir de 1938 ficou liberado o bloqueio duplo, mesmo assim o bloqueio continuava em desvantagem, a partir de 1947 após a criação da Comissão das Leis de Jogo pela FIVB, foi permitido o bloqueio coletivo total, e para equilibrar ainda mais esta disputa, em 1964 foi permitido ao bloqueio a invasão do espaço aéreo do adversário e a recuperação da bola bloqueada em um segundo toque. Mesmo assim o percentual de bolas bloqueadas ou amortecidas fica em torno de 15%.

Tipos de Bloqueios:

- Bloqueio Defensivo: utilizado por jogadores que possuem um alcance inferior ao do atacante, as palmas das mãos são voltadas para cima e não invadem a quadra adversária e tem como principal função amortecer o ataque adversário, facilitando assim a recuperação da bola pela sua equipe.
- Bloqueio Ofensivo: utilizado por jogadores que possuem um alcance superior ao do ataque adversário, as palmas das mãos direcionadas para baixo invadem a quadra adversária e tem como principal função interceptar e enviar a bola ao solo da equipe oponente.

Quanto ao número de participantes:
- Individual ou simples (um jogador);
- Duplo (dois jogadores);
- Triplo (três jogadores).

Quanto a movimentação (tipos de passadas):

- Passada lateral , deve ser utilizada em deslocamentos curtos;
- Passada cruzada, deve ser utilizada em deslocamentos longos, neste caso o grau de dificuldade é bem maior, pois o jogador terá que efetuar um giro no momento do salto para efetuar a marcação de frente para o ataque adversário ;
- Passada mista, o jogador efetua o primeiro passo cruzando a passada e o segundo utilizando a passada lateral, desta forma facilitará ao jogador quanto a entrada de frente para a marcação do ataque adversário, deve ser utilizada em deslocamentos longos.

Fases do Bloqueio:

a) Fase Preparatória: em posição de expectativa, o jogador deverá estar com as pernas semi – flexionadas, pernas em afastamento lateral aproximadamente da largura do ombro, os braços estarão semi - flexionados , com as mãos na altura e a frente dos ombros (quando for para marcação de bolas curtas e de velocidade os braços deverão estar estendidos), o corpo deve estar ereto e o bloqueador não deverá perder de vista nem a bola nem o adversário.
b) Execução: após fazer a análise do tipo de levantamento e características do atacante o bloqueador deverá executar o salto, estendendo as pernas e os braços simultaneamente em direção a bola, durante o salto o jogador deverá projetar o quadril um pouco para trás, por questões de equilíbrio (não deve se acentuar este movimento, senão o bloqueador perderá alcance).
c) Queda : a queda deve ser feita de forma equilibrada e sobre as duas pernas, neste momento acontecerá o amortecimento com a flexão das mesmas, a seguir o jogador deverá efetuar um giro para o lado em que a bola se dirigiu quando ela não foi retida, para que o mesmo não perca a atenção e possa dar continuidade a seqüência do jogo.

A função do bloqueio é interceptar os ataques adversários protegendo uma área de sua quadra, as bolas que passarem por ele são de responsabilidade da defesa.

Principais erros dos bloqueadores:

- Uma grande abertura entre os braços;
- Sobrepasso antes do salto;
- Falta de equillibrio;
- Abaixar o tronco no momento do salto;
- Palmas das mãos voltadas uma para outra;
- Saltar para depois invadir (sobre a rede);
- Primeira passada do deslocamento feita para trás.

DEFESA:
A defesa é toda ação que visa impedir o sucesso do ataque adversário.

Aplicações das defesas:
- em defesas de ataques
- nas coberturas de bloqueio
- nas proteções ao ataque
- nas recepções de saques fortes (saque viagem)

Qualidades para defender bem:

- capacidade de prever a direção da bola;
- velocidade de reação;
- técnica individual, domínio de tipos de defesa;
- força isométrica e isotônica de membros inferiores e superiores, para suportar a postura defensiva;
- concentração
- equilíbrio estático dinâmico e recuperado;
- vontade e coragem.

Técnica de defesa:

- postura fundamental de expectativa;
- deslocamentos e colocação;
- execução (contato com a bola).

Tipos de defesa:

- defesa em pé, utilizando a manchete;
- manchete inversa;
- com as mãos espalmadas acima da cabeça;
- com uma das mãos (acima ou abaixo);
- com os pés;
- rolamentos (sobre o ombro e sobre as costas);
- mergulho frontal e lateral (peixinho).

sábado, 25 de julho de 2009

RELATÓRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA INFANTIL

WALTER LEITE PERREIRA
RELATÓRIO BIMESTRAL DO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
TURMA: 1º ANO “F” TURNO: VESPERTINO

AVALIACÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA. 4º BIMESTRE DE 2008.

PROFESSOR: JÂNIO ARAÚJO LIRA

ALUNO: JENIFER DE ANHAIA


Conteúdos Trabalhados: Desenvolvimento motor; Qualidades físicas básicas; Habilidades motoras naturais; O lúdico no conteúdo programático de Educação Física; Jogos e Brincadeiras.

Avaliação do professor:

Durante esse bimestre de aulas mostrou uma melhora significativa em relação à parte recreativa. Ela soube utilizar os recursos de deslocamento corporal em relação ao espaço e tempo, mostrou um bom domínio sobre direita e esquerda, bem como as habilidades de equilíbrio, força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras dos quais participou. Mostrou iniciativa de resolver pequenos problemas nas atividades propostas e também de relacionamentos com os colegas durante minha aula. Em algumas atividades com objetos mostrou agilidade e destreza em sua Manipulação. Gosta muito das aulas e é muito participativa nas brincadeiras e exercícios. Nas atividades que envolvem a coordenação motora ampla e fina apresentou uma boa desenvoltura para sua faixa etária.

quinta-feira, 23 de julho de 2009


AULAS DE EXPRESSÃO CORPORAL.

UNIDADE DIDÁTICA: EXPRESSÃO CORPORAL
CONTEÚDOS: CONSCIÊNCIA CORPORAL
OBJETIVOS:
- Conhecimento do esquema corporal.
- ­ Conhecimento das dimensões corporais
- Conhecimento das partes do corpo e da sua funcionalidade.
RECURSOS:
A) Espaço: sala coberta, campo de jogos exterior ou pátio.
B) Material: giz, papel contínuo e corporais lápis.
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:
- Um dos alunos desenha o corpo do colega que está deitado de costas no chão. Invertem os papéis e comparam as silhuetas. - Desenhar o corpo do colega, que se deita encolhido no chão. Inverter papéis e comparar as silhuetas.
- Localizar, no primeiro desenho, todas as partes do corpo do colega.
- Desenhar, sobre uma folha de papel e de olhos fechados, a mão do seu par.
- Continuando a trabalhar aos pares, ambos os alunos põem a mão numa parte qualquer do corpo do colega e correm por todo o espaço dizendo o nome desta. Mudar a parte do corpo selecionada durante o exercício.
- Estando um atrás do outro, o de trás escreve com o dedo nas costas do companheiro o seu nome, uma mensagem etc., que o da frente deverá tentar adivinhar.
- Aos pares, correm pelo recinto de mão dada e, à ordem de "parar", param e tentam desenhar uma letra no ar com o braço.
- Repetem o exercício com a perna.
- Repetem o exercício utilizando todo o corpo.
- Colocar o lápis ou giz na orelha e tentar deslocar-se sem que caia. Variantes: a correr, de gatas, etc.
- Aos pares, sentados de frente um para o outro, realizam exercícios com os olhos, movimentos de cima para baixo, da esquerda para a direita, pestanejam, etc. Repetir o exercício com diferentes partes do corpo.


UNIDADE DIDÁTICA: EXPRESSÃO CORPORAL
CONTEÚDOS: CONSCIÊNCIA DO MOVIMENTO
OBJETIVOS:
- Consciência do movimento.
- ­ Conhecimento das dimensões corporais
- Conhecimento das partes do corpo e das respectivas funções.
RECURSOS:
A) Espaço: sala coberta, campo ou quadra.
B) Material: nenhum
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:
- Aquecimento com jogos, com insistência nos diferentes segmentos corporais.
- Correndo pelo recinto, mexer os braços em todas as direções possíveis. Variantes: fazer o exercício só com as mãos, apenas com os dedos das mãos, com a cabeça, a boca, os olhos, os ombros, etc.
- Dispersos pelo espaço, cada um ocupa um sítio e, parados, começam a mexer todos os dedos da mão direita, depois os do pé esquerdo, os tornozelos, os joelhos, etc. O professor deve dar instruções à medida que se realiza o exercício.
- Deslocando-se por todo o espaço, fazer como se as pernas fossem molas que dão impulso ao corpo. Depois, todo o corpo é uma mola; depois só os braços fazem de molas.
- Imitar formas de diversas coisas utilizando todo o corpo: por exemplo, uma ponte, uma árvore, uma pedra, uma cadeira, etc.
- Um dos alunos faz de marionete e o outro irá mover-lo. Inverter os papéis.
- Os alunos colocam-se um frente a outro e, com os olhos fechados, um deles deverá identificar a parte do seu corpo que o companheiro tocará muito rapidamente. A resposta tem que ser imediata. Inverter os papéis.
- Um dos alunos imita silhuetas de diversas coisas com as mãos e braços e o outro tem que tentar adivinhar de que coisa se trata.
- Um dos meninos imita as ondas do mar e, o outro, uma rajada de vento. Andam por todo o recinto e, no final, todas as ondas se colocam de um lado e todas as rajadas de vento do outro.
- Em grupos de três, os alunos fazem movimentos corporais nos quais se ouçam as articulações; os outros alunos devem ouvi-las ou senti-las com as mãos, como, por exemplo, ao mexer os joelhos, os cotovelos, a coluna, etc.


UNIDADE DIDÁTICA: EXPRESSÃO CORPORAL
CONTEÚDOS: MELHORIA DA CONSCIÊNCIA CORPORAL
OBJETIVOS:

- Conseguir um melhor domínio.
- ­ Melhorar a coordenação motora.
- Melhorar os reflexos físicos.
- Melhorar a dissociação das partes do corpo.
RECURSOS:
A) Espaço: sala coberta, campo de jogos exterior ou pátio.
B) Material: nenhum
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:
- Aquecimento através de jogos, prestando atenção aos diferentes segmentos corporais.
- Dispersos pelo recinto, tocar alternativamente a perna direita pela frente e por trás com uma das mãos; com a outra mão tocam na cabeça enquanto dão pequenos saltos sem sair do sítio. Mudar de perna e de mão.Variantes: tocar a perna direita pela frente e, por trás, a esquerda.
- Apoiados sobre a mão direita e o pé esquerdo, saltitar pelo espaço. Ter atenção para não chocarem uns com os outros.Mudar de mão e de perna.Variantes: realizar a mesma movimentação, mas ao saltar mudam a mão e a perna.
- Dispersos pela sala, tocar o abdômen com uma mão, com movimentos circulares; com a outra, batem levemente na cabeça. Mudar de mãos.
- Um faz de ponte e o outro passa por cima dele com um salto, passando depois por baixo. Mudar de posições.
- Em grupos de quatro alunos, três sentam-se de costas e com as pernas abertas e o quarto passa entre as pernas dos companheiros sem parar e sem as pisar. Mudar de papéis.
- Em grupos de quatro, três deitam-se de costas no chão e o quarto deve passar de olhos fechados por eles sem os pisar e sem cair. Os outros alunos dão indicações. Mudança de papéis.
- Formar dois círculos grandes, com os alunos sentados no chão, com as pernas cruzadas e as mãos por cima da perna do colega do lado a direita na perna do colega da direita e a esquerda no da esquerda. Amostra.Um dos alunos dá uma palmada na perna do colega, que por sua vez bate na perna do colega do lado, e assim sucessivamente. Para mudar a direção da corrente basta dar duas palmadas.


UNIDADE DIDÁTICA: EXPRESSÃO CORPORAL
CONTEÚDOS: PERCEPÇÃO SONORO-AUDITIVA
OBJETIVOS:

- Adquirir uma adequada capa-cidade de diferenciação auditiva.
- ­ Melhoria da percepção auditiva.
- Melhoria da capacidade de utilização dos recursos do corpo.
RECURSOS:
A) Espaço: sala coberta, campo de jogos exterior ou pátio.
B) Material: lenços.
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:
- Aquecimento geral através de jogos.
- Com os alunos deitados de barriga para baixo e de olhos fechados, o professor fará ruídos com diversas partes do corpo, que deverão identificar. Repetir o exercício em grupos de quatro, cabendo a função de produzir os ruídos a um dos alunos. Mudar de papéis.
- Em grupos de quatro alunos, três sentam-se em círculo e o quarto está no centro com os olhos vendados, tendo que identificar o colega que fala ou assinalar de onde vêm os sons.
- Correndo pelo recinto, adivinhar os sons que o professor reproduz (de uma sirene, de um comboio, carro, etc.).
- Espalhados pelo espaço e estáticos, os meninos fazem sons com partes do corpo à escolha; um dos alunos, de olhos fechados ou tapados, deve correr entre os outros sem chocar com eles. Mudar de papéis. Variantes: correm dois alunos entre os outros.
- Os alunos percorrem todo o espaço a andar. Quando o professor der uma palmada, todos correm e gritam o mais alto possível, parando no sítio onde estiverem quando o professor se sentar.
- Ao pé coxinho com a perna direita, vão dizendo números; ao pé coxinho com a esquerda dizem letras. Variantes: cantam uma canção.
- É atribuído a cada aluno um determinado animal. Correndo pelo recinto, os alunos devem fazer o som do seu animal e encontrar o par que lhes corresponde.
- Os alunos correm pelo recinto fazendo um determinado barulho; à ordem de "parar" devem imobilizar-se no sítio onde estiverem. Variante: à ordem de "parar", sentam-se; desta vez é o professor que faz o ruído e, quando se cala, todos ficam quietos.- O professor conta uma história e, cada vez que os alunos ouçam duro, mole, forte, fraco, devem fazer uma representação da coisa a que se alude. Por exemplo: a pedra que me acertou na cabeça era muito dura (os alunos imitam a forma de uma pedra).

sábado, 18 de julho de 2009

SUGESTÕES DE ATIVIDADES MOTORAS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL.


AULA - 1
Aula livre

Objetivos: adaptação da criança à escola, à atividade e ao professor.
Material: o maior número de materiais possível (bolas, ar­cos, cordas, pneus).
Reunir os materiais na quadra ou no espaço disponível para a atividade e deixar as crianças brincarem livremente, procurando aos poucos se aproximar de uma criança ou de um grupo e brincar junto ou sugerir movimentos com os materiais.


AULA 2
Exame biométrico
Objetivo: acompanhar a curva de crescimento do aluno desde a Educação Infantil até o final do Ensino Médio. Material: balança, fita métrica ou régua.


AULA 3
Bolas
Objetivos: noção de peso, cor, tamanho, espessura, for­ma, agilidade, coordenação dinâmica geral.

AULA 4
Arcos (bambolês)

Objetivos: orientação e estruturação espacial, agilidade, destreza, noção de cor, forma, tamanho e peso, dentro/ fora, alto, longe.
- Com um arco, cada criança deverá correr livremente pela quadra sem se chocar com os companheiros nem com os objetos;
- O professor deve promover atividades - com es ar­cos espalhados pela quadra - utilizando o seguinte tipo de pergunta: Quem consegue...
• ... andar sem pisar nos arcos e sem se chocar com os companheiros?
• ... correr sem pisar nos arcos nem nos companhei­ros?
• ... correr e pisar dentro do maior número possível de arcos, sem se chocar com os companheiros?
• ... correr, pular para dentro e depois para fora dos arcos com os dois pés juntos?
• ... correr segurando o arco à frente do corpo, como um volante de carro, sem se chocar com os outros companheiros? Neste caso, cada criança deve estar com um arco.
• ... correr para todos os lados, segurando o arco na altura da cintura, sem se chocar com os compa­nheiros? Neste caso, o corpo deve estar cingido pelo arco.
• ... jogar o arco mais alto?
• ... jogar o arco mais longe?
• ... rodar o arco no chão por mais tempo?
O professor deverá reservar os minutos finais da aula para que as crianças possam brincar livremente com os arcos.

AULAS 5
Recreação
Objetivo: realização de atividades ludomotoras. Observação: usar essa aula para ajuste, complemento ou utilização de algum material novo ou alternativo.


aula 6
Imitação

Objetivos: orientação espaço-temporal, esquema corpo­ral, agilidade, andar, correr, saltar. Material: o próprio corpo.
- Ao sinal do professor, as crianças deverão andar pela quadra, para frente, para trás, de lado, com os olhos fechados. O professor deve orientá-las para que ocu­pem todo o espaço e procurem não se chocar com os demais companheiros; Idem ao anterior, correndo, saltando; As crianças correm livremente e, ao sinal do professor (apito), todas deverão parar de correr e imitar estátuas; Verificar quem é capaz de:
• andar com passos gigantes, igual a um gigante;
• andar igual ao gato, cachorro, leão, macaco, etc.;
• correr (galopar) igual ao cavalo;
• andar (rastejar) igual ao jacaré;
• andar (engatinhar) igual a um nené;
• marchar igual ao soldado;
• voar igual ao avião, ao pássaro;
• correr igual a uma ambulância, carro de bombei­ros, carro de F1;
• rolar igual a uma bola;
• andar em silêncio, sem fazer barulho:
• idem, correndo;
• andar batendo palmas, pisando forte no chão.


AULA 7
Esquema corporal

Objeftvos: conhecimento do próprio corpo e de suas parles.
Material: o próprio corpo.
As crianças devem se deslocar livremente pela qua-ci'2 engatinhando, rolando, rastejando, de joelhos, err, oe, para frente e para trás;
Andar ou correr pela quadra e, ao sinal do professor, colocar as mãos sobre as partes do corpo por ele in­dicadas, por exemplo: pés, cabeça; Idem ao anterior, agora colocando as mãos nos com­panheiros (nas partes indicadas pelo professor); Andar pela quadra e, ao sinal do professor, saltar para frente, para trás, girar para um lado e para o outro; Ao sinal do professor, as crianças, sentadas, devem co­locar, o mais rápido possível, as mãos nas partes por ele indicadas, por exemplo: cabeça, pés, joelhos; Idem, com as crianças sentadas uma de frente para a outra. Ao sinal do professor, uma deverá colocar a mão na parte do corpo da outra, de acordo com a indi­cação dele.

Atividades para educação fisica


Brincadeiras e Jogos Recreativos
1. Variações de Pega-Pega

1.1 Pega-Pega Congelante
Material: -
Desenvolvimento: Apenas um aluno como pegador, objetivo é tentar congelar os outros alunos. Para o aluno congelado ficar livre novamente, um dos alunos livres deve passar por das penas do aluno congelado.

1.2 Pega-Pega por Baixo das Penas
Material: -
Desenvolvimento: É formado um circulo com todos os alunos e são escolhido um pegador e um fugitivo. O pegador pega o fugitivo, se pegar inverte as ações. O fugitivo também pode passar por baixo das pernas de alguém no circulo aí o pegador vira fugitivo, o aluno que passou por baixo das pernas fica sentado no lugar do aluno que agora virou pegador.

1.3 Pega-Pega Corrente
Material: -
Desenvolvimento: É estipulado um pegador e ele tenta pegar algum aluno, assim que pegar, eles dão as mãos e vão de mãos unidas tentarem pegar mais alunos e quando mais alunos forem pego, eles vão formando uma grande corrente e vão atrás de mais alunos até acabar todos.

1.4 Pega-Pega Sobre a Linha
Material: -
Desenvolvimento: É um pega-pega em cima da linha dos esportes.
Variações: Inicialmente andando rápido, depois pode liberar os alunos para correr, mas nunca deixando eles sair fora da linha ou pular de uma linha para outra. Pode estipular um pega-pega ajuda-ajuda.

1.5 Nunca a três
Material: -
Desenvolvimento: Formadas duplas, depois é formado um grande circulo. É escolhido uma dupla e estipulado um pegador e o outro será o fugitivo. A ação inverte quando o pegador pega o fugitivo. O fugitivo também pode parar do lado de uma dupla, o lado contraria de onde o fugitivo parou vira pegador e o que era pegador agora foge.

1.6 Pega-Pega Fugi-Fugi
Material: -
Desenvolvimento: É colocado todos os alunos em uma lateral da quadra, estipulado dois pegadores, no sinal dos pegadores “Pega-Pega” os alunos em cima da linha lateral do falam “Fugi-Fugi” e tentam passar para o outro lado sem que os pegadores o toquem. Se o pegador o tocar ele para no lugar em que foi pego e sem tirar os pés do chão (sem mover as pernas) ajuda os pegadores a pegar o restante dos alunos. Acaba quando todos os alunos forem pegos.

1.7 Pega-Pega com Rabo
Material: Coletes
Desenvolvimento: Cada aluno com um colete e o mesmo é coloca na cintura. Objetivo é tentar roubar os coletes dos outros alunos sem deixarem de roubar o seu.


2. Gincana com Bolas


2.1 Caçada
Material: Bola de Basquete, de Vôlei ou de Handebol e Coletes.
Desenvolvimento: Cada aluno com uma bola e um colete enroscado na cintura e é delimitado um espaço na quadra, o aluno fica quicando a bola e vai tentar roubar o colete dos outros alunos sem deixar de quicar a bola e sem deixar que roubem seu colete e sem sair da linha estipulada.
Variações: cada aluno com uma bola, é delimitado um espaço na quadra, o objetivo do aluno é ir atrás de outros alunos quicando a sua bola e tentar jogar a bola do adversário fora da linha estipulada, se um aluno perdeu a sua bola, ele sai da brincadeira e espera o final para depois recomeçar novamente.

2.2 Ameba
Material: Cones e uma bola de vôlei ou borracha.
Desenvolvimento: É delimitado um espaço com os cones ou nas linhas da quadra esportiva, de preferência retângula semelhante a limitação da bola queima. É colocado um guarda campo de cada lado e o restante dos alunos no meio. Os guarda-campos tentam queima os alunos que estão no meio, o aluno que for queimado sentado e volta pro jogo quando tocar algum aluno que passar por perto dele. Os guarda-campos podem sair de lá se algum aluno conseguir segurar a bola sem deixar cair no chão.

3. Gincana com outros Materiais

3.1 Cada Macaco no Seu Galho
Material: Bambo lê
Desenvolvimento: É colocado bambo lê no chão marcando a casinha, cada aluno entra em uma casa e sobrando apenas um aluno fora. No sinal desse aluno todos devem trocar de casa, o aluno que sobra paga uma prenda.

3.2 Palito de Fósforo
Material: Caixinha de Fósforos
Desenvolvimento: Dois alunos para cada caixinha de fósforo. A dupla que conseguir juntar os palitos e colocar em ordem dentro da caixinha primeiro vence.

3.3 Corrida com o Balão
Material: Bexigas
Desenvolvimento: Corrida com o balão em um percurso reto aproximadamente de 20 metros, controlando o balão de ar com o corpo menos com as mãos.

3.4 Assopro Campeão
Material: Bexigas
Desenvolvimento: No circulo central da quadra, 3 contra 3 assoprando o balão de ar para a quadra do adversário, a equipe que conseguir assoprar o balão para o campo adversário vence.

3.5 Balão nas Costa
Material: Bexiga
Desenvolvimento: Dois a Dois com um balão de ar nas costa, os alunos deverão percorrer um caminho determinado sem deixar o balão cair no chão e sem estourar, se acaso a bexiga cair, eles volta no inicio e começa novamente, se o balão estourar eles deverão encher outra bexiga e recomeçar na linha de partida.
Variação: balão na testa.

3.6 Estouro de Balões
Material: Bexigas
Desenvolvimento: É dividida a turma e entregue balões de uma cor para uma equipe e amarrado os balões no tornozelo do aluno, e outra cor para a outra equipe. As equipes devem tentar estourar os balões de ar da equipe adversária sem que estourem o seu próprio balão.

3.7 Torneio de Arremesso
Material: Bola de Basquete
Desenvolvimento: É numerado de 1 a 10 lugares no garrafão e perto dele. Os alunos devem arremessar para a cesta começando do local 1, e assim que for acertando ele vai subindo de numeração. Quem chegar no 10 lugar e acertar é o vencedor. Se errar passa a vez e continua no mesmo lugar que errou

3.8 Acerte o alvo
Material: Cones e Bambo lês
Desenvolvimento: O aluno deve arremessar um bambo lê para encaixá-lo sobre um cone a uma distancia de + ou – de 7 metros. Cada acerto vale um ponto.

4. Jogos Recreativos

4.1 Queimada Invertida
Material: Bola de Vôlei ou de Borracha
Desenvolvimento: É dividida a turma em dois times, um time em cada lado da quadra, é escolhido o quadra campo. Começa a queimada e quando um aluno é queimado ele passa para a outra equipe. Vence a equipe que conseguir ficar com mais aluno no seu time.

4.2 Futsal Recreativo
Material: Cabo de Vassoura e bola de tênis
Desenvolvimento: Formado duas equipes com 5 alunos cada, cada aluno com um cabo de vassoura de 1 metro. Objetivo é fazer gol no time adversário empurrando a bola com o bastão. Não é permitido entrar na área, pois também não existe goleiro, e também se o cabo de vassoura toca no adversário é falta, na marca do Pênalti sem goleiro.

4.3 Handebol Recreativo
Material: Bola de Handebol e Bambo lê
Desenvolvimento: Dois times de 6 alunos, ½ quadra e um bambo lê amarrado no gol. Cada bola que passar por dentro do bambo lê vale um gol. Quando a bola não passar pelo meio do bambo lê a equipe que arremessou perde a posse da bola; a outra equipe dará saída no circulo central.

4.4 Handebol
Material: Bola de Handebol e Bambo lês.
Desenvolvimento: é divido em duas equipes os alunos, espalhados os bambos lês pela quadra e os alunos ficam dispersos na quadra. O objetivo do jogo é a troca de passe, a equipe que fizer 10 passes seguidos marca ponto. Para que a equipe possa começar a contar os passe é necessário um aluno fizer o passe para outro aluno e ele cair dentro do arco (Bambo lê) quando receber a bola. Não é permitido ficar esperando o passe dentro do bambo lê e assim que conseguir receber um passe não pode ficar mais de 5 segundos dentro do bambo lê no chão.

4.5 Vôlei Recreativo
Material: Bola de Vôlei e rede de vôlei armada
Desenvolvimento: Formado dois times, um em cada lado da quadra, então começa o jogo de vôlei adaptado (segura a bola com as duas mãos, saque depende da força do aluno). Então um aluno saco, o do outro time pega, passa a bola pra 3 colegas e então o 3º pega e joga pro campo adversário, se a bola caiu no chão, então todos da equipe que deixaram a bola cair tem que fugir para o funda da quadra sem que ninguém seja pego. Se pegar o aluno passa para o outro time e fica com mais alunos.
Variação: Quando for ponto e o aluno ser pego, é marcado ponto e conta mais um ponto para cada aluno que foi pego.

4.6 Basquete Recreativo
Material: Bola de Basquete e Coletes
Desenvolvimento: Formado dois ou mais times, o jogo se passa na quadra de basquete. O objetivo é fazer o a bola passar por 10 alunos, quando isso acontece o time marca um ponto. Explicar os tipos de passe para os alunos ”Peito, Picado, Sobre a Cabeça e de Ombro” e os fazer usarem os passes. “Não é permitido tocar no aluno que está com a bola e nem na bola, o aluno que está com a bola pode ficar com ela em suas mãos até 5 segundos, não pode andar e nem bater a bola” se alguns desses itens forem violados será marcado e cobrada uma falta.
Variação: Mesmas regras, mas introduzindo a cesta.

4.7 Acerte a Base
Material: Cones, Bolas de Iniciação ou Garrafas Pet’s ou Bolas de Meia.
Desenvolvimento: É divida a turma em duas equipes, cada equipe tem seu lado da quadra, é dividido o mesmo numero de bolas e cones para cada equipe, os cones são colocados em lugares variados da quadra de cada equipe. Objetivo é arremessar a bola de iniciação em direção ao cone e derrubar, sendo que os componentes da equipe podem ficar na frente do cone evitando acerta-los.

4.8 Quatro Bases
Material: Cones, Bolas de Iniciação ou Garrafas Pet e Bolas de Handebol ou de meia.
Desenvolvimento: É divida a turma em duas equipes, é formado uma quadrado com os cones de mais ou menos 10 metros de um cone para o outro. Uma das equipes fica dentro do quadrado formado pelos cones e a outra equipe fica em um cone que servira de cone inicial. O aluno que esta no cone inicial fica com uma bola e o objetivo dele é arremessar a bola que venha cair dentro do quadrado feito pelos cones, assim que o aluno jogou a bola ele parti para o próximo cone, enquanto isso a equipe dentro do cone tentar pegar a bola o mais rápido possível e derrubar um dos cones do quadrado antes que o aluno do cone inicial chegue no próximo cone. Se o aluno que saiu do cone inicial passar cone por cone e chegue novamente no cone inicial sem que a equipe dentro do quadrado derrube algum cone, essa equipe marca um ponto, e cada aluno que percorrer todo o caminho passando por todos os cones e chegando no cone inicial vai marcando ponto. Se a equipe dentro do quadrado acertar o cone antes que cada aluno chegue no seu cone, a equipe dentro do quadrado vai para o cone inicial e a equipe que estava no cone inicial vai para dentro do quadrado.
Variações: Colocar mais de quatro cones e em uma distancia mais perto para facilitar um pouco o jogo.

5. Estafetas (jogos em fila)

5.1 Acerte a Bola
Material: Bola de Borracha e Mínimo de 10 bolas de diferentes tamanhos (Futsal, Basquete, Handebol, Vôlei, Bola de Iniciação)
Desenvolvimento: É dividida a turma em duas equipes, cada equipe fica em fileira em cima da linha do vôlei, uma fila paralela com a outra. É coloca a bola de borracha no centro, bem no meio da equipes, então é dividas em números iguais as bolas.
O objetivo é jogar a bola e acertar a bola de borracha e consequentemente empurra-la para o campo da equipe adversária, marca o ponto quem conseguir empurrar a bola de borracha jogando as outras bolas nela. A bola de Borracha pode ser evitada a vim pro campo da equipe menos com as mãos e os pés.

5.2 Ligeirinho
Material: 2 (duas) bolas de basquete, vôlei ou de borracha.
Desenvolvimento: É dividida a turma em duas equipes e em fila um atrás do outro as equipes ficam paralelas, distancia de um braço de um aluno a outro. A bola fica com o primeiro da fila e ao sinal do Professor ele vai passa a bola por cima da cabeça para o aluno de trás, na hora que a bola chegar no ultimo, todos da fila vão abaixar(deitar no chão) e o ultimo carregando a bola deve chegar a frente da fila pulando os alunos.
Variações: Bola também pode ser passada do lado do corpo ou debaixo das pernas, sendo que debaixo das pernas ela não pode rolar no chão e sim passar em mão em mão. Antes dos alunos abaixarem(deitarem no chão) pode estipular que eles sentem e o ultimo vá fazendo zig-zag.

5.3 Alvo
Material: Cones e bolinha de tênis
Desenvolvimento: Dividir a turma em duas equipes, um aluno com um cone, e os outros alunos um de cada vez, arremessará a bola de uma distancia de mais ou menos 7 metros e o aluno tentará pegar a bola com o furo maior do cone. Se o aluno errar ele vai buscar a bola, volta a posição inicial e continua tentando, se o aluno acertar o aluno do cone pega a bolinha de tênis devolve para o aluno que acerto e o próximo da fila continua.
Variações: Pode colocar para que o aluno acerte o gol com um chute ou arremesso, ou acerte um cone e o derrube.

5.4 Entrega do jornal
Material: Jornal
Local: Espaço adequado
Desenvolvimento: Dividir a turma em duas equipes iguais e enfileira-las em uma linha de largada. O primeiro de cada grupo devera correr com uma pagina do jornal no peito sem usar as mãos para segurar o jornal, faz o percurso sem deixar o jornal cair no chão e depois entrega para o próximo companheiro da equipe. Se o jornal vim de cair no chão o aluno volta para a posição inicial e tenta novamente até conseguir a passar para o próximo da fila.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

ESPORTE É SAUDE?


Esporte é saúde?

A proposta de atividade que aqui colocamos tem a finalidade de examinar quais aspectos do esporte geram verdadeiramente benefícios, sejam eles fisiológicos, emocionais ou sociais para a saúde dos seus praticantes. Para tal discussão, inicialmente focamos nossa investigação nos atletas do chamado esporte de alto nível, ou de alto rendimento. A experiência desses atletas, por se submeterem intensamente ao treinamento e à competição, promove de forma acentuada efeitos positivos e negativos sobre a estrutura corporal e orgânica dos praticantes. As bases teóricas e o conhecimento científico nas áreas de Medicina, Nutrição, Fisioterapia, Educação Física, entre outras, derivam em parte dessas experiências. A afirmação de que “esporte é saúde”, tão difundida em campanhas na mídia e pelo senso comum, é para ser interpretada ao pé-da-letra ou há aspectos encobertos que precisam ser mais conhecidos e difundidos por trazerem riscos para os atletas, para os jovens e para a população em geral?.
A idéia é escolher personalidades emblemáticas de algumas modalidades conhecidas nacional ou internacionalmente que, pela exposição na mídia atual ou na história esportiva deste e do século passado, tenham vivido reveses durante ou depois do encerramento de suas carreiras. Nesse projeto de pesquisa, a ser proposto em uma ou mais turmas da escola, poderão surgir fatos e assuntos polêmicos que possibilitem um bom começo de discussão das relações do esporte com a saúde.
Abaixo sugerimos alguns nomes, explicitando o tipo de dificuldade enfrentada pelo atleta. O professor deve ficar à vontade para cortar, acrescentar ou refazer esta lista com seus alunos:
Ronaldinho - jogador de futebol que sofreu torções seguidas no joelho, correndo risco de encerrar a carreira ainda jovem, também protagonista de um estresse indefinido na final da Copa do Mundo de 1998.
Ben Johnson - atleta canadense que perdeu a medalha de ouro em atletismo na Olimpíada da Seul, em 1988 por ter usado anabolizantes. Compare com os casos de doping ocorridos na Olimpíada de Atenas.
Aída dos Santos - primeira mulher a participar de uma Olimpíada representando o Brasil. Atleta negra, queixa-se de ter vivido momentos de solidão, desânimo e discriminação pela delegação masculina em Tóquio, 1964. Foi auxiliada nas provas de salto em altura por um atleta peruano que lhe serviu de técnico e motivador.
Oscar Schimidt - foi o maior jogador de basquete brasileiro, atuando em várias Olimpíadas. Conquistou a medalha de bronze em Seul, 1988. No fim de sua carreira, declarou que para continuar jogando precisava ficar deitado quando não estava nas quadras e tinha dificuldade de ir ao cinema por causa de dores nas costas.
Ana Moser - problemas da jogadora de vôlei ao enfrentar uma lesão no joelho com cirurgia. Não teve condições físicas para disputar a Olimpíada de Sydney, em 2000.
Nalbert - capitão da seleção masculina de vôlei, sofreu ruptura de um tendão do ombro às vésperas da Olimpíada de Atenas.
Daiane - sofreu uma cirurgia no joelho dias antes viajar para a disputa da Ginástica Artística na Olimpíada de Atenas.
Florence Griffit Joyner - atleta americana que ganhou quatro medalhas na Olimpíada de Seul, em 1988, foi acusada de uso de anabolizantes - fato nunca comprovado. Morreu aos 38 anos por problemas de saúde supostamente causados pelo doping.
Garrincha - um dos maiores jogadores do futebol brasileiro, morreu esquecido, com problemas de alcoolismo e depressão. O estrelato e a forma de condução da carreira esportiva poderão ter influenciado seus problemas?
Mike Tyson - prestigiado boxista americano que, no auge da fama e riqueza, foi preso acusado de estupro. Após ganhar a liberdade, arrancou um pedaço da orelha do adversário durante uma luta. Exemplo de atleta com perturbações emocionais e sociais incompatíveis com o estrelato alcançado.
João do Pulo - atleta brasileiro que deteve, por longuíssimo período, o recorde mundial do salto triplo. Teve uma perna amputada em virtude de um acidente automobilístico. Viu sua vida entrar em declínio e morreu por complicações causadas pelo alcoolismo.
Neco Padaratz - surfista brasileiro no circuito profissional mundial, viu-se às voltas com o medo, declarado publicamente, após um grave acidente nas violentas ondas do Tahiti. Sua "confissão" gerou polêmica no meio esportivo. Apesar de praticar um esporte radical, pode trazer uma boa discussão a respeito dos limites emocionais influindo no desempenho esportivo.
Narciso - jogador de futebol que chegou à seleção brasileira e enfrentou a leucemia, voltando a jogar. De que forma o fato de ser um praticante de esporte de alta exigência pode tê-lo ajudado a superar um limite de saúde tão desafiador?
Guga - maior tenista brasileiro em todos os tempos. Uma cirurgia no quadril afetou sua carreira como esportista profissional.
Isabel - jogadora de vôlei da seleção brasileira nas décadas de 70 e 80, entrou em quadra até o o sétimo mês, rompendo com muitos paradigmas da mulher no esporte. Vale analisar os efeitos sobre a gestação e as dificuldades da mulher/mãe em conciliar esporte profissional e família.
Propomos que sejam estabelecidos grupos na turma para cada nome a ser pesquisado. O leque de atletas selecionados será estratégico para proporcionar uma análise que contribua para o aprofundamento das questões ligadas aos esportes.
Deve-se cuidar para que a escolha seja debatida com os alunos e orientada pelo professor de forma que se tenha diversidade de momentos históricos dos fatos vividos (atualidade e passado), da natureza da modalidade praticada pelo escolhido e do tipo de dificuldade enfrentada (lesões, desajustes sociais, doenças crônicas incapacitantes para o esporte, envolvimento com adição de substâncias nocivas como álcool, drogas, doping, etc).
A superação ou não do problema também é um dado relevante a ser abordado na diversidade, a critério do professor e de seus alunos.
Na etapa de levantamento do problema concreto do atleta pesquisado e de seu histórico, pretendemos:
1) estabelecer focos que possam levar a análises de diferente ponto de vista;2) estabelecer as relações principais entre os diversos interesses entrecruzados no meio esportivo.3) utilizar formas diferentes de comunicar os conhecimentos adquiridos e conclusões.
Para finalizar o trabalho, pode ser proposto o formato de um Almanaque para abrigar produções diversas, já que o tipo de estudo apresentado pode se orientar em direções e olhares multifacetados. Descreveremos as sugestões para o almanaque mais à frente.
Estabelecer alguns eixos de reflexão poderá auxiliar os alunos no entendimento dos fatos. O professor poderá usá-los, desde a fase de investigação, para focar aspectos polêmicos. Alguns pontos de reflexão organizados em eixos ou focos de abordagem de temas possíveis:
Eixo Medicina e Esporte
De que forma a ética médica se relaciona com as performances esportivas? Há respeito aos limites humanos? Há cuidados com a manutenção da integridade física e psicológica dos atletas para além da cena esportiva? Quais os cuidados preventivos para evitar problemas orgânicos e corporais nos atletas? Estes cuidados podem ser seguidos pelos atletas amadores? E pelo homem comum?
Há uma relação direta e visceral entre estas duas áreas, principalmente no preparo e na reabilitação de atletas, mas também em função da nutrição, limites corporais, metabolismo energético, Fisiologia e Anatomia que poderão possibilitar boas pesquisas e discussões. O estudo das lesões, as estruturas anatômicas envolvidas, as conseqüências do dopping, os efeitos do estresse e as degenerações conseqüentes aos esforços exagerados ou mal dosados são, sem dúvida, ganchos para o desenrolar de um bom trabalho.
O professor de Ciências pode participar, esclarecendo e auxiliando na pesquisa e no preparo de materiais que poderão ser publicados no Almanaque.
1) Eixo desportividade e ética esportiva.
Neste eixo investigaremos as origens do Esporte, seu atrelamento ao preparo militar, a análise da competitividade desde a Grécia, passando pela cultura do panis et circenses dos romanos. Com as informações históricas, chegaremos até Coubertin e daí à era do profissionalismo e do esporte espetáculo, globalizado em nosso tempo. Poderão ser feitas pontes entre estes conhecimentos históricos e suas relações com os fenômenos do Esporte de hoje.
A análise da ética esportiva não pode deixar de lado o tema violência, que se manifesta de diferentes formas no âmbito esportivo: entre atletas adversários e torcedores, contra os técnicos e dirigentes, do treinador para o atleta em uma relação autoritária, enfim, de formas variadas além de ser causa freqüente das lesões mais comuns.
2) Eixo comportamento do esportista
Vamos fazer análises sociológicas sobre o fenômeno esportivo e do comportamento dos esportistas; a presença dos atletas no imaginário das pessoas; a questão da inclusão social pelo esporte; a ascensão social vertiginosa de alguns expoentes esportivos e suas conseqüências; o contraste entre os altos salários das estrelas e a condição social da maior parte da legião de futebolistas no Brasil. Esses são temas abordados por diversos autores em ensaios, crônicas e poesias, podendo iluminar a compreensão de visões sutis no pensamento dos estudantes.
No caso do professor, encaminhar o trabalho trazendo os textos para estudo. No fim da pesquisa, poderá ser produzido material semelhante pelos alunos, abordando os fatos e informações de forma literária para o Almanaque. O estudo desses formatos de crônicas, poesias e ensaios, poderá ser orientado por um professor de Língua Portuguesa ou Literatura.
3) Eixo Mídia e Esporte
Qual o tom dado pelas mídias nas coberturas esportivas das grandes competições? Como tratam o esporte de alto nível? E as demais instâncias esportivas? De que forma o sucesso das estrelas do esporte, as cifras divulgadas nas suas negociações e o assédio que recebem influenciam as crianças e jovens? Como a mídia se relaciona com o esporte moderno? Quem são e como trabalham os cronistas esportivos?
Que relações mantêm os atletas profissionais com a mídia e vice-versa? Que fatores podem contribuir para o seu afastamento ou aproximação?
O quarto poder, como tem sido chamada a imprensa, habita o universo esportivo de forma intensa e pode ser ponte também para a entrada dos professores da área de Comunicação e Expressão na discussão.
Sugerimos ainda o levantamento de termos técnicos e táticos, o jargão de cada modalidade esportiva e a organização de um glossário que os traduza para as pessoas leigas. Seria também um bom produto para ser publicado no Almanaque da atividade.
4) Eixo métodos de treinamento e o profissionalismo no Esporte
O exame da transição entre o amadorismo e o profissionalismo no esporte. Analisar o ideal olímpico de Coubertin e as transformações em relação à aceitação dos atletas profissionais nas competições olímpicas.
Quais as implicações dos calendários esportivos nos parâmetros recomendados para uma boa preparação dos atletas, visando a sua integridade? Como é a relação dos atletas com as suas famílias em função dos compromissos e viagens constantes?
Qual a relação entre patrocinadores, clubes esportivos, atletas, televisão, imprensa e crítica especializada?
Que interesses estão em jogo no estabelecimento de mercados milionários em algumas modalidades esportivas? Quais os benefícios trazidos pelo fenômeno crescente da profissionalização dos esportistas e da organização de “circos” em torno das modalidades mais populares para a sociedade e seus cidadãos?
Estudar o rendimento médio dos esportistas de forma geral. Analisar a valorização dos atletas em relação às demais profissões.
É possível conjugar profissões formais à carreira de atleta profissional? Como isto pode se dar? As leis trabalhistas amparam os atletas como qualquer trabalhador de outras profissões?
A Educação Física como ciência; suas bases teóricas no campo da preparação física, dos limites corporais (resistência e exaustão); o fenômeno do sobretreinamento; a periodização dos planejamentos de treinamento e os métodos motivacionais modernos são interesses ultimamente em voga até para o homem comum. Que relações esses aspectos mantêm com os modismos, o boom das academias, os padrões estéticos derivados dos esportes?
Quais os recursos e o tempo necessários para atingir o ponto de competição? Do desejo de ser um atleta à viabilização deste sonho, quais são os passos necessários? Tais informações são básicas para formar uma massa crítica entre os estudantes.
Os professores de Educação Física poderão auxiliar no trabalho, orientando como se faz um planejamento para a performance esportiva - inclusive diferenciando os objetivos da disciplina na escola e no esporte de alto rendimento. A forma de apresentação das informações trabalhadas poderá vir em um ensaio fotográfico que demonstre técnicas e exercícios adequados; ou ainda na forma de um planejamento esportivo pesquisado ou em um texto informativo com recomendações preventivas para as práticas em questão.
O professor gestor do processo deve auxiliar os grupos amarrando prazos, estabelecendo funções, auxiliando na motivação e oferecendo fontes nas quais os estudantes buscarão informações relevantes. O objetivo é fazê-los refletir sobre algumas relações estabelecidas nos eixos.
Será interessante que os atletas e ex-atletas, mesmo amadores e próximos da realidade da escola, possam interagir com os alunos, trazendo a sua experiência e comentando as informações selecionadas pelos grupos. Entrevistas, possíveis convites para uma mesa-redonda ou um debate com os alunos enriquecerão as discussões. As entrevistas poderão ser registradas em fitas cassete para posterior transcrição, total ou parcial, vindo a enriquecer o Almanaque.
O prazo estipulado para as pesquisas será encerrado com a marcação de uma apresentação de cada grupo para a turma. A trajetória do atleta em foco, as causas de seu problema, suas conseqüências e as principais informações coletadas na pesquisa deverão ser socializados com o coletivo, que participará fazendo perguntas e comentando as conclusões apresentadas. O professor estabelecerá com os grupos as formas de registro, já os preparando para o próximo passo dentro da atividade: a produção do Almanaque. Este poderá conter seções que contemplem cada grupo ou encadear suas seções intercalando materiais de todos em um arranjo a ser discutido e estabelecido coletivamente.
O Almanaque
A idéia do Almanaque atende à necessidade de acolhimento do que for produzido pelos grupos, mesmo com variações quanto à qualidade, à natureza e à profundidade das informações coletadas e re-criadas. A seleção dos materiais, a diversidade de formatos e o tom até lúdico, possível neste tipo de produção gráfica, podem ser pertinentes no fechamento dos trabalhos em um produto único. A organização dos conteúdos aceita uma variedade de textos (informativo, científico, jornalístico, biográfico, crônica, poesia, ensaio,etc.) junto com charges, histórias em quadrinhos, tiras, receitas, ensaios fotográficos e entrevistas que necessitam ser organizadas para que se tenha unidade, sentido estético na diagramação e organização da publicação final.
A terceira fase do projeto, após a coletivização das produções dos grupos, implicará possivelmente a seleção e no tratamento dos materiais para o Almanaque.
A riqueza nas decisões deste processo, inclusive implicando na necessidade de entrar em contato com Almanaques diversos (Almanaque Abril, Almanaque da Folha e outros), deve levar à avaliação de todas as produções e à criação de um conselho editorial, em que se representem todos os grupos, para o fechamento da edição final.
Não deve ser descartada qualquer outra forma de apresentação - murais, páginas na internet ou mesmo exposição oral culminante para o fechamento da atividade. É bem-vinda a apresentação de cartazes com imagens, gráficos e textos, nos quais os grupos divulguem os conteúdos e o teor das conclusões de suas pesquisas.
O encerramento do processo vivido pode ocorrer com a publicação de cópias do Almanaque Esportivo para distribuição entre os alunos. Para baratear os custos de produção, o professor pode reduzir a um Almanaque por turma ou, à edição de um número oficial para a biblioteca da escola, por exemplo.
A data de lançamento do Almanaque pode ser programada como um evento escolar especial, para o qual se traga algum palestrante abalizado ou até um grupo incluindo os alunos e as pessoas consultadas na comunidade, para discutir e debater os temas tratados no trabalho. Nada impede que também se programe alguma atividade esportiva. Pode ser um jogo, uma demonstração de ginástica acrobática, capoeira ou dança - desde que esteja no contexto do evento. A divulgação da pesquisa proposta nesta atividade será apontada aos alunos desde o momento em que o professor perceba o envolvimento positivo do grupo com o assunto. O compromisso em compartilhar novos conhecimentos e as conclusões deles tiradas são muito importantes para o direcionamento dos procedimentos nos grupos e para a objetivação dos conteúdos e das tarefas. A responsabilidade dividida entre o professor e o grupo de alunos, em todas as etapas da atividade, vai desaguar na festa de culminância. O envolvimento de todos na superação dos desafios trazidos pelo tema e o cumprimento das metas estabelecidas poderão trazer para todos congraçamento e muito prazer. O nome do Almanaque a ser produzido pode dar o tom das vivências ao longo da atividade. Bom trabalho!